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Ponto Sem Nó

Um blogue que fala de apanhar estrelas, beijar bonecos de neve e adormecer nas nuvens

Ponto Sem Nó

Um blogue que fala de apanhar estrelas, beijar bonecos de neve e adormecer nas nuvens

...

Setembro 22, 2007

Mar

Havia uma casa.
Não, esperem, havia uma casa dentro de outra casa.
Não, nada disto.
Havia uma pequena casa, que estava dentro de outra casa, dentro da Casa.

A Casa ficava na Praça que tinha uma Igreja e uma Farmácia* e, com ela, ou melhor, dentro dela, lá estavam todas as outras casas.




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Se olhássemos com atenção descobríamos que as casas tinham lá dentro anjos pequeninos,



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e sonhos de algodão e tesouros escondidos dentro de caixinhas coloridas



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e também duendes que moravam em florestas encantadas



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e tinham gente.
Nestas casas havia gente que falava e contava e gente que escutava, gente com gestos e balões e sorrisos e sussuros e muitas palmas. Gente com olhos brilhantes e corpos de abraço e, pelo meio dos abraços, um monte de livros.
Era uma espécie de cidade pequena dentro da outra, a maior, a cidade-mãe. Uma cidade com paredes feitas de letras brancas de esferovite e enormes janelas tapadas a veludo e tule. E sem tecto. Apenas as estrelas como cobertura desta cidade onde, durante uma semana, moraram as palavras.


* Assim chamaram os técnicos da Biblioteca Municipal de Beja aos (alguns) diferentes espaços de trabalho que compuseram a Feira do Livro e da Leitura e as Palavras Andarilhas 2007.
Todas as Fotos são da Mar, à excepção da primeira e foram tiradas a uma das construções mais mágicas e misteriosas desta festa: a casinha com muitos quartos que está na foto 3.

Paixões

Setembro 21, 2007

Mar




é o título do texto que encima a pesquisa no Google, feita por "Cristina Taquelim".
E não lhe poderia fazer maior justiça, este título para um texto que fala de si.
Paixões.
As que desperta e as que a movem. As que desperta são avassaladoras e para a vida. As que a movem são grandiosas e simples a uma só vez (e voz).
Quando a conhecemos pela primeira vez não somos capazes de perceber logo o que, verdadeiramente, a faz caminhar. Depois de algumas horas de conversa, não há equívoco possível: aquela mulher esconde em si uma multidão de gente. A mãe-ídolo, a mulher-companheira, a profissional determinada, a chefe-amiga mas firme, a colega solidária e disponível, a sonhadora-contadora, a sensível e emotiva mediadora, a amiga que tempo algum ou longe, ou distância conseguem afastar, uma vez ganha, a artista criativa. Tudo embrulhado nas paixões. As que põe em todas as realizações que consegue, sempre que a isso se propõe, materializar. As que vai revelando aos poucos, à medida que tece, como a Moça Tecelã, a imagem de si que guardaremos para sempre connosco, aquela com que nos conquista e encanta, a que vamos nós construindo ao som da história e das estórias que sempre moram em cada assunto que connosco aborda, pessoal ou profissional.
Tenho o privilégio de a conhecer em todas estas facetas, de com ela ter partilhado uma parte do caminho que a tem levado até ao topo, de lhe conhecer os brilhos e as nuvens no olhar, de lhe decifrar o timbre e, por vezes, o tremor, naquela voz que a individualiza do resto do mundo.

A última conheci-lha agora, há escassos dois ou três dias.






"Malaquias", de Cristina Taquelim.

O Rei que
dizem que quando lia...
sonhava,
sonhava
e tudo aparecia.


Não há como fugir a paixões assim.

Encontro-me*

Setembro 19, 2007

Mar

aos poucos, muito devagar, depois de me ter perdido por aí, de ti.
Recolho pedaços, partículas soltas do Eu que fui em tempos. A cada um, que apanho do chão e guardo com cuidado, mais perto do todo. Acrescento-lhe notas de azul, nuvens em forma de anjo, espuma do sal que me beija os pés. Faço, a cada novo dia, um upgrade do ser humano que gosto de me saber.
Não olho para trás. Ou, sequer, para a frente. Nem quero saber dos que me observam.
Desenho-me. Pinto a carvão, com um traço fino e preciso, os contornos da embalagem que me envolve as emoções. (Re)Defino-me.
Apenas pelo supremo gozo de me saber verdadeira. E única.

Uma igreja vestida de tule

Setembro 18, 2007

Mar

Acontece"u"

Setembro 18, 2007

Mar

em Português.

Carlos Pinto Coelho em Beja, sem holofotes, apenas os que iluminaram uma igreja vestida de tules e veludo cor de sangue.*
Uma sessão tão simples quanto rica, tão despretensiosa quanto valiosa, sobre a língua e os livros para um público reduzido mas que, apesar do frio, não quis perder o que "Acontece" nesta cidade a que Ana Miranda** chamou "cidade convento". Uma pérola.

* e **: amanhã segue reportagem completa que o dia hoje foi longo.

E mais Palavras

Setembro 13, 2007

Mar

A Cidade dos Contos
17 a 23 de Setembro








"Todos os anos, em Setembro, a cidade acorda ao som dos andarilhos.
São mais de duzentos e vêm de longe, em busca do lugar onde moram as palavras.

Chegam como uma revoada de pássaros, para se alimentar do mistério que é a palavra contada e escrita.

Os seus passos ressoam pelas ruas e as suas vozes, entram pelas frestas das portas e janelas, pelas chaminés e desafiam quem vive na cidade.

Este ano os caminhos dos andarilhos vão até à Praça da República onde encontrará a Feira do Livro e da Leitura IX Encontro dos Aprendizes do Contar.


Bem vindos sejam os Andarilhos ! "

Palavra

Setembro 12, 2007

Mar

que, de vez em quando, passando uma rápida vista de olhos por uns quantos de uns blogues (para pesquisas científicas de âmbito estritamente profissional, meus caros, claro, claro..), me bate assim uma nostalgia do tempo em que também eu tinha tempo, pachorra, motivação e, sobretudo, fé, para conseguir manter um blogue assim todo bonitinho, arranjadinho, engraçadinho e actualizadinho com os temas mais pertinentes da actualidade político-social mundial...por entre umas quantas imensas, maioritárias, quase monopolistas umbiguices eguistas (de ego, o que mais poderia ser?)
Palavra.
Mas depois, passa-me logo.

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